Para leitura, sugiro ouvir “Mulheres”, compositores Toninho Geraes feat Adele (rsrsrsr) ou "Millions Years Ago", compositores Adele feat Toninho Geraes.
Como já dizia Lavoisier: na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. E na música - a Mãe Natureza para muita gente (inclusive eu) essa máxima se faz viva? Segundo a polêmica recente que envolve o nome da cantora Adele com os compositores brasileiros Toninho Geraes e Martinho da Vila, Não!!!!!
Brincadeiras e gifs à parte, ser acusada de plágio não deve ser fácil para ninguém e, há pelo menos 4 meses, Adele está lidando com esse barulho… Toninho Geraes, compositor do samba “Mulheres” gravado em 1995 por Martinho da Vila, está processando a cantora por plagiar esse sucesso na composição de “Millions Years Ago” (2015), uma parceria dela com o produtor musical Greg Kurstin. Ambos ao lado da Sony Music receberam uma notificação sobre o caso.
Não cabe a esse humilde texto - nem foi sua intenção - dizer sim ou não para esse e outras acusações de plágio. Aqui o que está valendo é levantar a polêmica: até que ponto podemos acusar alguém de plágio? Será que um compositor não pode se inspirar em outro ou ser influenciado de tal modo que nem perceba que a sua criação foi maculada pela melodia ou ideia de outra autoria?
Eu, particularmente, adoro caçar plágios. Mas longe de mim gostar disso para acusar… gosto mesmo é de encontrar tais “coincidências”, como aconteceu alguns dias atrás. Duvido que você já tenha reparado que a introdução da música “Equalize”, da Pitty, é muita parecida com a introdução de “Erase/Rewind”, dos The Cardigans.
Eu mesma já havia ouvido as duas canções milhares de vezes e nunca me liguei nisso. Mas, há duas semanas, ouvi o início de Equalize e tinha certeza que estava começando Erase/Rewind.
E aí? O que essa similaridade quer dizer? Que a Pitty se inspirou nos suecos ou que ela ouviu tanto essa faixa que ficou com a melodia na cabeça, influenciando a sua criação? Por que, segundo Rod Stewart, isso pode acontecer. Tanto pode que aconteceu com ele no momento que compunha “Da Ya Think I’m Sexy”, seu grande hit.
Esse é um dos casos mais clássicos de plágio envolvendo o Brasil e a gringa. Em 1978/79, depois de ter passado um carnaval no Brasil, o britânico lançou a música. Algum tempo mais tarde, Jorge Ben Jor surgiu reivindicando a similaridade entre “Da Ya Think I’m Sexy” e “Taj Mahal” (1972), sucesso do brasileiro naquele mesmo final dos anos 70.
Sussa!!! Stewart assumiu que estava influenciado pela melodia de Ben Jor e colocou o brasileiro entre os compositores da canção inglesa.
Segundo a Associação Brasileira dos Músicos (ABRAMUS), plagiar uma obra musical é coisa que acontece desde que o mundo é mundo e com o avanço tecnológico, o acesso às músicas de artistas de diferentes partes do globo fica bem mais fácil. O órgão salienta que o plágio não se refere apenas a cópia fiel de um todo, mas também na “apropriação do caráter criativo” original, na forma de expressão, elementos estéticos e estilo de linguagem.
Você já se perguntou o que a Rita Lee tem a ver com o Velvet Revolver?
A Ovelha Negra (béééééééééééééééééééééééé)
Ouça no tempo 00:57 o solo de Slash e depois compare com o solo de Luiz Carlini no tempo 03:54.
Não é igual, mas há similitudes (aprendi que se usa essa palavra quando o assunto é plágio)!!!!!
Mas cuidado!!!! Plágio é uma coisa e sampler - ou música incidental - é outra. O primeiro já sabemos que é crime, usurpação autoral…já o segundo é a inclusão de uma melodia, andamento, citação de algo já publicado, mas creditada a autoria de modo que fique claro quem é o dono intelectual daquele trecho.
Lembram desse cara aqui?
Vanilla Ice trouxe na sua única e mais famosa música “Ice Ice Baby” um sampler de “Under Pressure”, clássico gravado por Freddie Mercury e David Bowie.
E por aí vai….
Fique com esse último plagiosito, em dose tripla, para você também reflita se o plágio é uma influência, homenagem ou descaração mesmo.